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11 de ago. de 2011

Ameixas em vão...

Do fundo à superfície numa única noite
É a vida real
Aguente comigo ou fuja
O tempo passa arrancando lascas do coração

Aquele copo de cachaça
Que esquenta o peito dos homens no bar
Não é tão doce quanto as ameixas
Da saudosa rua sete

O inverno é o mesmo inverno?
Eu já não sou o mesmo
A àrvore ainda está lá
Mas ninguém mais da bola pra ameixas

Noutros tempos minha maior alegria
Seria subir naquele pé
Passar a tarde sujando meu blusão de ameixa
Sem dar bola pras pessoas que passavam

Ver tudo mudar
É cada vez mais difícil
Cada vez mais rápido
Já não sei se consigo não me abalar

Na busca doentia por qualquer coisa
Deixamos muito pra trás
Talvez o mais importante
Tenha ficado em algum canto esquecido
Como embaixo daquele pé de ameixa carregado


@joao_wil






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