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30 de nov. de 2011

Eternamente #2

Absorvo o mundo como quem toma um copo de vinho
Todas as coisas que passam por mim
Não passam por mim, despercebidas
Nem um detalhe sequer


Mas às vezes me sinto como um menino
Que quer saber como o brinquedo funciona
E acaba destruindo
O brinquedo e a brincadeira e o resto do dia


Talvez de tanto reter
Eu nada ofereça
E quem é estrela, também quer assistir ás vezes
O dom de aplaudir e elogiar, nem sempre é o bastante

No mundo real não sei ficar
Sem ir nos teus bastidores
E pensar no nosso roteiro
Sem quebrar o meu encanto

Na ilusão, em que sempre estou, não sei ficar
Sem desejar estar em tudo
E não estar em nada por planejar demais
E depois te assustar com a vida grandiosa
Que só existe dentro de mim

Na melancolia então vou repousar
Até que eu saiba ser platéia
Do espetáculo metafísico do teu ser
Eternamente...


JW








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