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21 de mar. de 2011

Velho

Eu vejo um velho sentado na praça
Pouco amor em meio ao caos da cidade grande
Amor pequeno, pessoas na cidade gigante
Poesia e arte, emoção nos caminhos quadrados
Contrastes
Carros e pessoas,pessoas e prédios
Pessoas e pessoas.
Todos irmãos,tão próximos e tão distantes
Tão belos e tão indiferentes
Tão cheios e tão vazios.
Eu sigo só,navego no asfalto
Vivo das sobras do que é de graça
Disposto a tudo se for por alguém
Disposto a mudar,se for por mim mesmo.
Faz dez graus, são dez reais
Eu preciso ir,são dez horas
A mente foge
A noite passa, o cheiro fica
O tempo voa.
Tudo muda muito rápido
Ninguém pára, eu não posso parar
Há tanto para se fazer
Pouca vontade,pouco dinheiro,pouco tempo.
Nada mais é tão simples
E o velho sentado na praça,de repente sou eu
Sem netos,sem coragem,sem futuro
Sem amor
Em meio ao caos da cidade grande.


JW

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